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Mostrando postagens de 2018

O TEMPO COM TEMPO PARA PENSAR

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Quando o tempo é bom para refletir eu sempre quero começar com a filosofia helênica; o que me remete, desta vez, a um curto verso do célebre poeta Eurípedes: “O tempo dirá tudo à posteridade; mesmo que nada lhe seja perguntado”. Sim, um dia será assim por ali, naquelas terras acolá; onde tantas águas ainda passarão tranquilamente sob a ponte, e onde há, também, acreditem, quem que não se fazem parcelas, mas não se bastam; querem mais (ou menos); vão além e amiúdam-se, ainda mais, ante um submundo tacanho e inservível; ou, quem sabe, servindo sim, em última análise, de mal exemplo; o que os fazem, enfim, ter uma razão compreensível e bisonha de ser e/ou existir. Que fazer? “Você nunca vai chegar ao seu destino se parar e atirar pedras em cada cão que late”, muito bem disse o ex-primeiro ministro inglês Winston Churchill. Mas nem todos estão surdos, nem todas as bocas estão mudas, nem todos os olhos estão míopes. Não vai muito longe aquele tempo; duros tempos de vidas imersas

ÔNIBUS ESCOLARES EM CHAMAS NUM PAÍS QUE PERDE O RUMO

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Na madrugada deste sábado, 17/11/2018, o Centro Integrado do Ensino Fundamental, escola da rede municipal de ensino em Piracuruca-PI, foi invadido por um ou por um grupo de criminosos, que atearam fogo e destruíram 05 (cinco) ônibus escolares. Nas primeiras horas da manhã, as pessoas atônitas custavam acreditar, mas as labaredas consumindo e retorcendo o aço dos veículos e a coluna de fumaça negra visível a longa distância no céu, não deixavam mais dúvidas. Como qualificar uma atrocidade dessa magnitude? Não foi apenas um crime, não é apenas triste ou lamentável; é revoltante, inaceitável, inconcebível, repugnante. Atentar contra uma escola é ferir a honra, a origem, a história e a dignidade de um povo. Incendiar ônibus escolares é quebrar as pernas da escola, é roubar o direito de um futuro de milhares de crianças e adolescentes. É um momento delicadíssimo, uma situação gravíssima que desafia todos os poderes constituídos a agirem conjuntamente e implacavelmente; investigando,

IDEOLOGIA DE GÊNEROS E OS PROBLEMAS DO BRASIL

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Em todas as eleições presidenciais voltam as mesmas questões que pouco tem a ver com os grandes e fundamentais problemas do Brasil. Sem tomar partido de Bolsonaro ou Haddad vamos observar isso nesta campanha presidencial. Essa ideologia de gêneros é, obviamente, um assunto que deve ser debatido, claro; mas não é tema prioritário para um país com quase 12 milhões de desempregados, com índices de violência e criminalidade assustadores, o tráfico de drogas avançando, as cidades dominadas por facções que se digladiam e uma recessão econômica que aumenta a miséria e a fome. A educação é responsabilidade fundamental da família, a escola complementa; assim está escrito em nossa Constituição Federal. Temos na educação brasileira índices insatisfatórios na escrita, na leitura e na matemática que nos posicionam mal, muito mal, no ranking mundial; esta deve ser nossa prioridade e preocupação nas escolas e deve ser tema de debates entre pessoas que pretendem dirigir nosso país.

VOTO SEGUE DE LOCOMOTIVA

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Este ano teremos eleição presidencial em outubro e, desta vez, um pleito inusitado. Há opção para todos os públicos e para todos os gostos. Mas, acima de qualquer coisa, deve prevalecer a democracia e o livre direito de escolha. Em qualquer debate civilizado que se faça há, certamente, a liberdade de expressão; afinal, ainda vivemos num estado democrático e de direito; conseguimos escapar de ser uma Venezuela; como dizia o papai: “tiramos um fino”. Há quem vote na rede, na cama ou no sofá; há quem prefira o sargento, o capitão ou o general; tem gente, também, que briga pelo carcereiro, pelo delegado ou presidiário. Seria um tabuleiro de xadrez hilário, se não fosse tão sério e decisivo, se não fosse o destino do nosso país pelos próximos quatro anos. Confesso que não entendo tantos pensamentos tão obtusos, mas respeito. Sim, respeito! A cada brasileiro é garantido constitucionalmente o direito de votar secretamente, mas não é do brasileiro “fechar o bico”; poucos preferem

A COPA DO MUNDO DOS IMIGRANTES CAMPEÕES

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Terminou hoje, 15 de julho na Rússia, a 21ª copa do mundo de futebol e a seleção francesa sagrou-se, pela segunda vez, campeã mundial merecidamente. A primeira copa do mundo foi realizada no Uruguai em 1930 e teve os anfitriões do evento como vencedores; daí para cá o maior espetáculo do futebol mundial repete-se a cada quatro anos, a exceção de 1942 e 1946, período em que o mundo viveu os horrores da segunda grande guerra mundial. É fato que as copas não são apenas disputas esportivas divididas em partidas que atualmente envolvem países dos cinco continentes do globo, e sim, um evento que revela comportamentos e molda transformações porque vem passando o planeta ao longo da sua história enquanto civilização. Em 2018 a grande mensagem que se passou para o mundo, além do incontestável reflexo da globalização das economias mundiais no futebol, foi a dramática questão dos imigrantes ilegais que sofrem discriminação na Europa e outros continentes por onde se espalham em busca

UMA PÁTRIA A CADA QUATRO ANOS

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Em qualquer parte do mundo sabe-se que o Brasil é o país do futebol, afinal é o único a participar de todas as copas do mundo, é o único a conquistar o título de campeão mundial por cinco vezes e, atualmente, o maior exportador de craques para o futebol europeu. Mas o que talvez o mundo não saiba é que o Brasil é o único país do mundo que um campeonato mundial de futebol tem mais significado para os brasileiros que a sua própria pátria. Realiza-se nestes dias a copa do mundo da Rússia e pelo Brasil inteiro as ruas, casas e carros estão enfeitados com faixas, flâmulas e bandeiras nacionais. Estamos na temporada do hino nacional voltar a emocionar e cada um ostentar a razão maior de ser brasileiro: ter um time de futebol repleto de estrelas com salários milionários, ídolos inspiradores para um sucesso rápido e dinheiro fácil. Até aqui nada fora do normal, mas estranhamente, passados os jogos, vencedor ou não, evapora-se o patriotismo das chuteiras. E então o que era uma nação vi

AINDA HÁ HOMENS HONESTOS NO BRASIL

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“Ainda há juízes em Berlim”. A sentença foi pronunciada por um simples e pobre aldeão na Alemanha do século XVII durante uma batalha judicial contra o todo poderoso, Frederico II, “O Grande”. Era uma clara declaração de confiança no judiciário do seu país. A mesma sentença caberia bem neste momento brasileiro se bem adaptada para: “Ainda há homens honestos no Brasil”. Fico preocupado quando ouço o uníssono grito das pessoas pelas ruas deste país em tom de desencanto e desconfiança em tudo e em todos. Eles não querem acreditar em ninguém mais, e tomam todos pelos piores exemplos da política brasileira. Como dizer para essa multidão incrédula que o pior que uma nação pode perder é a esperança? De tanto desprezarem as virtudes, de tanto abusarem, de tanto desviarem e roubarem o dinheiro público, os políticos brasileiros acabaram por também roubar, criminosamente, o otimismo, os sonhos e a esperança de milhões de pessoas. No entanto, o que se passa no Brasil, não se passa