O TEMPO COM TEMPO PARA PENSAR

Imagem
Quando o tempo é bom para refletir eu sempre quero começar com a filosofia helênica; o que me remete, desta vez, a um curto verso do célebre poeta Eurípedes: “O tempo dirá tudo à posteridade; mesmo que nada lhe seja perguntado”. Sim, um dia será assim por ali, naquelas terras acolá; onde tantas águas ainda passarão tranquilamente sob a ponte, e onde há, também, acreditem, quem que não se fazem parcelas, mas não se bastam; querem mais (ou menos); vão além e amiúdam-se, ainda mais, ante um submundo tacanho e inservível; ou, quem sabe, servindo sim, em última análise, de mal exemplo; o que os fazem, enfim, ter uma razão compreensível e bisonha de ser e/ou existir. Que fazer? “Você nunca vai chegar ao seu destino se parar e atirar pedras em cada cão que late”, muito bem disse o ex-primeiro ministro inglês Winston Churchill. Mas nem todos estão surdos, nem todas as bocas estão mudas, nem todos os olhos estão míopes. Não vai muito longe aquele tempo; duros tempos de vidas imersas

VOTO SEGUE DE LOCOMOTIVA

Este ano teremos eleição presidencial em outubro e, desta vez, um pleito inusitado. Há opção para todos os públicos e para todos os gostos. Mas, acima de qualquer coisa, deve prevalecer a democracia e o livre direito de escolha. Em qualquer debate civilizado que se faça há, certamente, a liberdade de expressão; afinal, ainda vivemos num estado democrático e de direito; conseguimos escapar de ser uma Venezuela; como dizia o papai: “tiramos um fino”.

Há quem vote na rede, na cama ou no sofá; há quem prefira o sargento, o capitão ou o general; tem gente, também, que briga pelo carcereiro, pelo delegado ou presidiário. Seria um tabuleiro de xadrez hilário, se não fosse tão sério e decisivo, se não fosse o destino do nosso país pelos próximos quatro anos. Confesso que não entendo tantos pensamentos tão obtusos, mas respeito. Sim, respeito!

A cada brasileiro é garantido constitucionalmente o direito de votar secretamente, mas não é do brasileiro “fechar o bico”; poucos preferem exercer esse direito, para a grande maioria votar e não falar não tem graça nenhuma. Daí então vale a máxima: “respeitadas as opiniões outras, vale a sua também”.

Como bom brasileiro, também abdico do sigilo, digo e explico porque voto em Geraldo Alckmin. Sua trajetória política é invejável; de médico anestesista na pequena Pindamonhangaba, interior de São Paulo, ele foi vereador na década de 70; prefeito e depois deputado estadual na década de 80; deputado federal e depois vice-governador na década de 90; e, por fim, duas vezes governador do estado de São Paulo.

Mas minha razão da escolha não é, ainda, esse leque de experiências na vida pública, que, por si só, é muito, mas atenho-me ao que resumo numa frase que venho repetindo por onde passo: “quem governa bem o estado de São Paulo está pronto para governar qualquer país do mundo”. Parece um exagero? Parece, mas não é. O que representa São Paulo para o Brasil e para o mundo?

O PIB – Produto Interno Bruto de São Paulo é de 1,7 trilhão de reais, o maior dos estados brasileiros. O segundo, 620 bilhões de reais, pertence ao estado do Rio de Janeiro, representa menos da metade. Minas Gerais desponta em terceiro lugar com 486 bilhões de reais, já nosso Piauí vibrante soma apenas 31 bilhões de reais.

Em número de indústria de transformação, São Paulo é primeiro também, soma 120 mil fábricas; Minas Gerais conta com 52 mil e o Rio Grande do Sul surge em terceiro lugar, com 50 mil. O Piauí possui apenas 2 mil indústrias de transformação.

São Paulo possui o maior eleitorado do país; com 33 milhões de eleitores, o estado é responsável sozinho por ¼ do eleitorado nacional; depois vem Minas Gerias, com 15 milhões, menos da metade; seguido pelo Rio de Janeiro, com 12 milhões. O Piauí possui, até junho deste ano, 2 milhões de votantes.

Se fosse um país, São Paulo seria economicamente superior, por exemplo, a Portugal, Finlândia e Hong Kong, dentre muitos outros. Em habitantes, com 45 milhões de pessoas, São Paulo seria maior que a Argentina, que tem 44 milhões de habitantes; que a Polônia, que tem 38 milhões; e que o Canadá, que tem 35 milhões de habitantes.
Este gigante, que com fartas razões, também é chamado de a “locomotiva do Brasil”, foi governado nos dois últimos mandatos por Geraldo Alckmin e, melhor que palavras, falam mais alto os indicadores para dizer o que foram esses oito anos.
Em educação, o último IDEB -Índice de Desenvolvimento da Educação Básica aferiu a São Paulo o índice de 6.4, o maior entre os estados brasileiros, seguido por Minas Gerais e Santa Catarina, ambos com a marca de 6.3. O Piauí aparece com 4.9. Em outro indicador, o IOEB – Índice de Oportunidades da Educação Brasileira, o estado do governador Geraldo Alckmin aparece, também, em primeiro lugar, com a marca de 5.3, seguido pelos estados do Paraná, Santa Catarina e Distrito Federal, todos com 5.0. O Piauí aparece com 4.2, na 17ª colocação.
Em segurança pública, um dos mais alarmantes problemas porque passa o povo brasileiro, recentemente o Fórum Brasileiro de Segurança Pública publicou os dados relativos ao número de homicídios por grupo de 100 mil habitantes nos estados. O Rio Grande do Norte aparece como o estado mais violento atingindo a inaceitável marca de 68 homicídio por 100 mil habitantes; depois vem o Acre com 63 homicídios, o Ceará, com 59 homicídios e, por fim, o estado de São Paulo com o menor índice de homicídio dos estados brasileiros, com 10 homicídios por grupo de 100 mil habitantes. O estado do Piauí não disponibiliza seus dados.
Esses indicadores robustecem a ideia de que o governo de São Paulo tem influência direta no crescimento e no desenvolvimento de todo o país. Pela importância e o tamanho dos seus problemas e oportunidades, pela participação em fatores decisivos da economia, como a geração de empregos, São Paulo carrega o restante do país adiante. Governar São Paulo não é apenas ser o governador de um estado, é, também, ser um pouco presidente de uma fatia importantíssima do Brasil.
Eis porque o meu voto para presidente vai para a experiência, para a competência e firmeza de quem provou governar bem a locomotiva do Brasil, Geraldo Ackmin!
*Fonte dos dados: IBGE, Ministério da Educação, TSE, Federação das Indústrias de São Paulo.

**Os indicadores do estado do Piauí não foram citados em comparação a São Paulo, mas para mensurar o que representamos economicamente e o quanto ainda precisamos melhorar em crescimento econômico e geração de renda para os piauienses

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A LIBERDADE TEM PREÇO E CUSTA CARO

QUE FALTA VOCE ME FAZ, LUZINEIDE!

ONDE NÃO TEM ONÇA, VEADO ESCARAMUÇA