Em todas as eleições presidenciais voltam as mesmas questões que pouco tem a ver com os grandes e fundamentais problemas do Brasil. Sem tomar partido de Bolsonaro ou Haddad vamos observar isso nesta campanha presidencial.
Essa ideologia de gêneros é, obviamente, um assunto que deve ser debatido, claro; mas não é tema prioritário para um país com quase 12 milhões de desempregados, com índices de violência e criminalidade assustadores, o tráfico de drogas avançando, as cidades dominadas por facções que se digladiam e uma recessão econômica que aumenta a miséria e a fome.
A educação é responsabilidade fundamental da família, a escola complementa; assim está escrito em nossa Constituição Federal. Temos na educação brasileira índices insatisfatórios na escrita, na leitura e na matemática que nos posicionam mal, muito mal, no ranking mundial; esta deve ser nossa prioridade e preocupação nas escolas e deve ser tema de debates entre pessoas que pretendem dirigir nosso país.
Independente do gênero, cada pessoa é um cidadão. Cada um, sexualmente, tem a liberdade de autodeclarar-se o que quiser e/ou sentir-se, ser o que quiser ser; é pessoal, indiscutível, e como tal cabe ao estado garantir segurança, respeito e liberdades, conforme permitam as leis, que valem também para todos sem discriminações, quer sejam homens, mulheres, gays, lésbicas, transexuais, bisexuais ou “trisexuais”; seja o que for, afinal todos pagam impostos.
Na escola, professores devem reforçar os princípios adquiridos em casa, tais como tolerância, respeito, honestidade, amizade, fé e outros...
Não é papel da escola ensinar essa ou aquela religião, mas a respeitar e tolerar a diversidade de credos; não é papel da escola adotar essa ou aquela cartilha de gêneros, mas a respeitar e tolerar quem pensa diferente, quem se sente e decide ser diferente.
A escola deve, com veemência, lutar contra todos os tipos de preconceitos e discriminação, tais como: homofobia, xenofobia, racismo e muitos outros. Mas combater, por exemplo, o preconceito contra negros não é adotar cartilha para ensinar a pintar-se de negro, e assim por diante.
A violência contra a mulher, gays, lésbicas, transexuais, bisexuais ou “trisexuais”, seja o que for, é um problema de segurança pública urgente. Não pelas suas preferências sexuais, mas porque é obrigação do estado garantir segurança a todos os cidadãos; se não o faz é urgente cobrar, exigir, protestar contra todas as formas de violência.
Homens que nasceram e se sintam homens ou que se sintam mulheres; mulheres que nasceram e se sintam mulheres ou que se sintam homens, não importa, são diferenças, decisões, sentimentos que ninguém outro pode interferir.
Mantido o respeito e os deveres de cidadão, cada um pode viver como quiser, como gostar, como sentir-se bem, como entender ser o melhor.
Cada ideologia serve e é justa para cada um particularmente. Se alguma cartilha se faz necessária nas famílias e nas escolas é uma que nos ensine a ser mais sensíveis, mais solidários, mais humanos; porque nisso é que deveríamos ser todos iguais.
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