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Mostrando postagens de julho, 2018

O TEMPO COM TEMPO PARA PENSAR

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Quando o tempo é bom para refletir eu sempre quero começar com a filosofia helênica; o que me remete, desta vez, a um curto verso do célebre poeta Eurípedes: “O tempo dirá tudo à posteridade; mesmo que nada lhe seja perguntado”. Sim, um dia será assim por ali, naquelas terras acolá; onde tantas águas ainda passarão tranquilamente sob a ponte, e onde há, também, acreditem, quem que não se fazem parcelas, mas não se bastam; querem mais (ou menos); vão além e amiúdam-se, ainda mais, ante um submundo tacanho e inservível; ou, quem sabe, servindo sim, em última análise, de mal exemplo; o que os fazem, enfim, ter uma razão compreensível e bisonha de ser e/ou existir. Que fazer? “Você nunca vai chegar ao seu destino se parar e atirar pedras em cada cão que late”, muito bem disse o ex-primeiro ministro inglês Winston Churchill. Mas nem todos estão surdos, nem todas as bocas estão mudas, nem todos os olhos estão míopes. Não vai muito longe aquele tempo; duros tempos de vidas imersas

A COPA DO MUNDO DOS IMIGRANTES CAMPEÕES

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Terminou hoje, 15 de julho na Rússia, a 21ª copa do mundo de futebol e a seleção francesa sagrou-se, pela segunda vez, campeã mundial merecidamente. A primeira copa do mundo foi realizada no Uruguai em 1930 e teve os anfitriões do evento como vencedores; daí para cá o maior espetáculo do futebol mundial repete-se a cada quatro anos, a exceção de 1942 e 1946, período em que o mundo viveu os horrores da segunda grande guerra mundial. É fato que as copas não são apenas disputas esportivas divididas em partidas que atualmente envolvem países dos cinco continentes do globo, e sim, um evento que revela comportamentos e molda transformações porque vem passando o planeta ao longo da sua história enquanto civilização. Em 2018 a grande mensagem que se passou para o mundo, além do incontestável reflexo da globalização das economias mundiais no futebol, foi a dramática questão dos imigrantes ilegais que sofrem discriminação na Europa e outros continentes por onde se espalham em busca

UMA PÁTRIA A CADA QUATRO ANOS

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Em qualquer parte do mundo sabe-se que o Brasil é o país do futebol, afinal é o único a participar de todas as copas do mundo, é o único a conquistar o título de campeão mundial por cinco vezes e, atualmente, o maior exportador de craques para o futebol europeu. Mas o que talvez o mundo não saiba é que o Brasil é o único país do mundo que um campeonato mundial de futebol tem mais significado para os brasileiros que a sua própria pátria. Realiza-se nestes dias a copa do mundo da Rússia e pelo Brasil inteiro as ruas, casas e carros estão enfeitados com faixas, flâmulas e bandeiras nacionais. Estamos na temporada do hino nacional voltar a emocionar e cada um ostentar a razão maior de ser brasileiro: ter um time de futebol repleto de estrelas com salários milionários, ídolos inspiradores para um sucesso rápido e dinheiro fácil. Até aqui nada fora do normal, mas estranhamente, passados os jogos, vencedor ou não, evapora-se o patriotismo das chuteiras. E então o que era uma nação vi